Em um show que resgata a cultura popular, Mão Branca foi o último artista a se apresentar no Arraiá da Conquista em 2025. A noite de São João encerrou com chave de ouro a programação do evento, levando ao público um repertório que exaltou as raízes do forró tradicional e a vida no sertão nordestino.
Com sua sanfona, zabumba e triângulo, Mão Branca animou a plateia com canções autorais e clássicos do forró, relembrando tradições que atravessam gerações. O artista, que tem mais de três décadas de carreira, é uma voz que mantém viva a cultura popular nos palcos, mesmo em meio às transformações do cenário musical brasileiro.
Mão Branca relatou estar contente em encerrar o Arraiá da Conquista. “Cheguei e venho trazer meu forró, depois de alguns dias na estrada. Onde as estrelas da cultura não vão eu vou. Acho que o público já me conhece e sabe que por aí vem muito xote, arrasta-pé e baião”, afirmou o artista.
Débora Alves veio para curtir especialmente o show de Mão Branca e aguardou até o fim para ouvir suas músicas preferidas do artista. “Já conheço Mão Branca e sei que o show dele não decepciona. Ele canta muito bem e é um excelente compositor. Minha música favorita é Gabiraba”, relatou.
Vindo de São Paulo, Alexandre Nolasco participou da sua segunda noite no Arraiá da Conquista e aprovou. Ele destacou o carinho que o artista teve com o público do arraiá. “Mão Branca é um grande artista e eu vim aqui para dançar o forró dele. Ele é um cantor excelente que marcou muitas datas especiais da minha vida. Acho que foi uma excelente escolha para encerrar o Arraiá, pois além de um grande cantor ele também é grande compositor de forró Já fui em vários shows dele e sempre gosto muito”, afirmou.
Músico, compositor e radialista forrozeiro, Edigar Mão Branca é natural de Macarani, na Bahia. Influenciado por referências musicais como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva, Mão Branca canta as vivências do povo do campo com um forró autêntico. Suas músicas arrastam o pé de quem o escuta e despertam memórias dos tempos de antigamente com a mistura do ritmo sertanejo e das festas juninas. Com uma presença carismática e seu chapéu de couro, já gravou 26 CD’s ao longo da carreira e acumula sucessos como “Gabiraba”, “Romeiro de Todo Ano”, “O Meu Chapéu” e “Nasci e Vou Morrer Vaqueiro”. A obra de Edigar Mão Branca conquista idosos, adultos, jovens e crianças com a simplicidade e o respeito à tradição pela vida e cultura rural.